A desvalorização do dólar, principal fator de sustentação dos preços das commodities na semana passada, deu o tom também na sexta-feira e levou o milho de volta ao maior patamar desde outubro em Chicago.
Os contratos com vencimento em julho fecharam a US$ 4,3025 por bushel na bolsa, em alta de 6,25 centavos de dólar, enquanto os papéis para setembro – que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez – subiram 6,50 centavos, para US$ 4,4025.
Com a valorização de sexta, cálculos do Valor Data mostram que a segunda posição passou a apresentar valorização de 9,11% neste mês de maio. Com este salto, os ganhos acumulados em 2009 chegaram a 5,39%, e a queda nos últimos 12 meses caiu para 28,96%.
Em maio de 2008 as cotações do milho e das demais commodities agrícolas apresentavam forte ascensão, numa tendência que desembocaria em máximas históricas de diversos produtos (soja e trigo inclusive) em meados do ano.
Além de conferir maior competitividade às exportações americanas, a queda do dólar suscita preocupações inflacionárias, o que atrai investidores aos mercados agrícolas. Para uma corrente de analistas, tal corrida alimenta uma “bolha” que em algum momento será esvaziada. Mesmo assim, defende a corrente, os fundamentos de oferta e demanda garantirão patamares de preços ainda bem superiores às médias históricas.