Redação (22/01/2009)- O aumento no número de propriedades habilitadas a fornecer carne bovina in natura à União Europeia (UE) e a manutenção das 60 aptas depende do Estado provar à missão técnica que está na Fronteira que fez a lição de casa. Quinze fazendas gaúchas com sistema de rastreabilidade do gado aprovadas pelo Ministério da Agricultura ainda esperam aval para integrar o time de fornecedores.
A vistoria busca comprovar que a carne embarcada é mesmo de animais rastreados para a UE. Como o Mercosul abate gado não rastreado, é preciso garantias como câmaras restritas, horário isolado e verificação rigorosa da identificação de lotes, explica o supervisor de rastreabilidade do Mercosul, Taulni Rosa. Ontem, antes da chegada dos inspetores, foram abatidos 180 animais que irão para mesas de consumidores europeus.
Conhecidos pelo rigor, os auditores mudaram o roteiro previsto de fazendas para ter como aliada a surpresa. A única propriedade com inspeção confirmada até ontem, a Santa Terezinha, não estava entre as previamente selecionadas. A fazenda arrendada por Mauro Pilz, dono do Mercosul, será vistoriada hoje. Amanhã, visitarão outra propriedade. Há interesse pela Agropecuária Recreio.
Apesar das críticas da indústria de que faltam animais rastreados, os pecuaristas dizem que não se trata de desinteresse, mas de questão comercial e política. O diretor da Farsul Fernando Adauto argumenta que os preços estão mais atraentes no mercado interno e avalia que as adesões cresceriam com propostas para desburocratizar o sistema.
Vistoria da UE começa com rigor em Bagé (RS)
Para não perder o efeito-surpresa, comitiva mudou roteiro de visitas na última hora e irá hoje à fazenda Santa Terezinha.