Para garantir o pagamento de royalties por parte dos produtores brasileiros, a Monsanto teve de diversificar o sistema de cobrança pela tecnologia da soja transgênica.
A legislação do Brasil, que permite que o produtor “salve” grãos colhidos para usar como sementes na safra seguinte, fez com que a multinacional criasse um sistema misto.
Caso o produtor não compre a semente certificada produzida por sementeiros autorizados -que emitem boletos de cobrança de royalties-, ele tem de pagar pelo uso não autorizado da tecnologia no momento de comercializar o produto.
Quem compra semente certificada paga de R$ 0,42 a R$ 0,45 por quilo de semente e tem um crédito virtual que permite a comercialização de 61 kg a 74 kg -varia conforme o Estado- de soja após a colheita.
Já o agricultor que optou por “salvar” grãos para usar como sementes tem de declarar aos compradores que o produto é transgênico. Ao entregar, ele paga 2% do valor à Monsanto.
Se ele não declarar que a soja é RR, as compradoras, que mantêm acordo com a Monsanto, fazem um teste. Caso seja constatado que a soja é transgênica, o produtor paga então 3% do valor comercializado.