Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Insumos

Mais trigo no mundo

<p>Produção mundial do cereal leva FAO a ampliar estimativa. Entidade prevê 2,234 bilhões de toneladas para este ano.</p>

A produção mundial de cereais deve alcançar 2,234 bilhões de toneladas este ano, mais do que o previsto em julho devido à safra de trigo maior do que a esperada, disse ontem a agência para Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas (FAO). A colheita irá cair 2,1% em relação aos 2,28 bilhões de toneladas do ano passado, disse a FAO em relatório divulgado ontem. A estimativa é 26 milhões de toneladas maior do que o previsto anteriormente.

As safras de trigo excederam as expectativas em países da Ásia, África e Europa e nos Estados Unidos. A relação estoque-consumo, um indicador de segurança alimentar, terá uma pequena mudança no próximo ano num nível acima da média, segundo a FAO.

“Uma combinação de boa perspectiva para a produção e estoques de passagem relativamente altos deve amenizar a preocupação em relação à situação da oferta, ao menos na atual temporada”, disse a FAO.

Os estoques mundiais de cereais irão crescer 4 milhões para 509 milhões de toneladas no próximo ano, o mais alto nível desde 2002. Os de trigo vão subir 6% para 183 milhões de toneladas. No caso dos grãos para forragem, a previsão é de que os estoques caiam 1,8%, para 205 milhões de toneladas e os de arroz, 2% para 121 milhões de toneladas.

O relatório da FAO informa que a produção mundial de trigo deve alcançar 678 millhões de toneladas, 0,5% menos do que um ano antes. A produção de grãos para forragem, que inclui milho, deve recuar 2,9%, para 1,108 bilhão de toneladas. O clima adverso e desastres naturais em vários países produtores da Ásia devem afetar a produção de arroz, prevista para declinar 2,3%, para 449 milhões de toneladas.

Grandes safras de trigo no norte da África e “boa produção” em vários países importadores da Ásia vão reduzir a necessidade de importação de grãos, reduzindo o comércio mundial de cereais em 25 milhões de toneladas (ou 9%) para 258 milhões de toneladas. Nesse cenário de importações menores e preços mais baixos dos grãos, os gastos com importações devem cair 24%, para US$ 64 bilhões na safra 2009/10.