O setor de óleo e gás e as commodities agrícolas, como o açúcar, lideram as oportunidades de negócios que se abrem no momento entre o Brasil e a Índia, disse o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Índia do Rio de Janeiro, Marcelo Tournillon Ramos.
A corrente de comércio Brasil-Índia, segundo informou Ramos, atingia US$ 500 milhões há cerca de seis ou oito anos, e já alcançou atualmente US$ 6 bilhões. “Houve, realmente, um incremento muito grande”.
Para o presidente da entidade, o fluxo de informações tem que ser mais profundo, “para que a gente possa identificar quais são as necessidades de cada país, para poder agir com antecedência”.
Devido à existência da barreira da língua entre os dois países, a Câmara de Comércio Brasil-Índia do Rio de Janeiro tenciona dar aos empresários brasileiros o suporte técnico necessário para garantir mais segurança nos contatos de negócios.
“É preciso ter pessoas que tenham conhecimento lá para que a gente se sinta seguro de fazer a comercialização. Esse suporte técnico é que a gente está querendo oferecer aos nossos associados”, afirmou. Ele acha que a experiência de pessoas que já efetuaram negócios na Índia pode proporcionar maior segurança às negociações.
Marcelo Ramos destacou que, também, na área do turismo se abrem as possibilidades de estreitamento dos laços culturais bilaterais e de atração de investimentos para o Brasil. Segundo ele, a classe média da Índia tem cerca de 300 milhões de pessoas que viajam para fora do país. “Isso representa 50% a mais que a população brasileira. Então, o turismo pode vir a ser muito melhor trabalhado”, disse.