Os preços dos suínos estão em alta no mercado interno. A valorização do produto tornou-se evidente na última semana de agosto, quando as cotações subiram cerca de 5% em Chapecó (SC). No mês passado, os negócios com suínos registraram um ganho de 18,8%, com o preço do quilo vivo, posto no frigorífico, encerrando a R$ 1,925. Segundo analistas, a recente valorização é justificada pela pequena oferta de animais prontos para abate.
Outro motivo que justifica a firmeza do mercado é a maior participação das indústrias processadoras no segmento de produção independente. Estima-se que as empresas estejam aumentando as compras para atender à demanda, geralmente maior nos últimos meses do ano. Analistas avaliam que as empresas não querem correr risco de desabastecimento, diante da proposta dos produtores da Região Sul de reduzir o número de matrizes em produção.
No fim de julho, produtores de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul decidiram reduzir em 20% o número de matrizes, o que provocaria queda na oferta de animais e alta no preço pago ao produtor. “Os leitões que essas fêmeas deixarão de produzir estariam prontos para abate entre novembro e dezembro”, afirma um consultor. Ele ressalta, no entanto, que é preciso acompanhar o movimento dos produtores, para confirmar se realmente haverá redução de matrizes em produção.