Focos de peste suína clássica detectados na última semana já mataram vários suínos em dois municípios da Ilha do Marajó, no Pará (PA) e obrigam as autoridades sanitárias a adotar providências para que a doença não se alastre. Os primeiros casos ocorreram em criações domésticas nos municípios de Chaves e Afuá, na divisa do Estado com o Amapá. Em Afuá, a Superintendência Federal de Agricultura no Pará, vinculada ao Ministério da Agricultura, já confirma pelo menos 44 animais sacrificados. Em Chaves, o levantamento ainda não foi finalizado.
Equipes de emergência sanitária formadas por veterinários e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), como o apoio da Superintendência Federal de Agricultura, estão na região para combater os focos da peste. O trabalho, entretanto é dificultado pelas enchentes na ilha, que prejudicam a locomoção das equipes de uma propriedade para outra.
Segundo a Superintendência Federal de Agricultura no Pará, há suspeita de focos em muitas áreas alagadiças. É necessário encontrar os animais nos campos, sacrificá-los, fazer a desinfecção e enterrá-los. Todos os animais infectados e suscetíveis à doença devem ser sacrificados.
No Amapá, a doença já está na chamada fase de vazio sanitário. Foram sacrificados animais no raio de 10 km dos primeiros focos e colocados outros como sentinelas. Caso estes não apresentem sintomas, o foco está controlado.
A peste suína clássica é também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos. A doença é altamente contagiosa. A probabilidade de propagação é maior em áreas com alta densidade populacional suína. Os surtos geralmente têm início quando suínos domésticos entram em contato com material infectado originado de porcos silvestres. Uma das causas de infecção pode ser a alimentação de suínos com lavagem.