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Penas conduzem combustível

<p>Pesquisa descobre que penas de frango podem ser utilizadas como condutores de combustíveis.</p>

Pesquisadores descobriram que as penas de frangos carbonizados podem fornecer um meio barato e ambientalmente correto de armazenar hidrogênio para uso futuro como combustível de veículos.

Se o conceito for comprovado e aceito pela indústria automobilística, cerca de 2,7 bilhões de quilos de penas de frango gerados anualmente, poderiam ser utilizados em operações comerciais de aves, conforme publicado no ScienceNOW Daily News.

O hidrogênio é, declaradamente, um dos principais combustíveis alternativos para os veículos. Os produtos derivados de sua combustão não são poluentes e sua fonte, a água, é abundante. Uma dificuldade é a quantidade de energia necessária para fabricar o combustível. Outra é ter local para armazená-lo, de forma que os veículos possam se abastecer normalmente.

Uma equipe da Universidade de Delaware (EUA),  anunciou um candidato improvável: penas de frango. Elas são feitas de queratina, a mesma proteína das unhas e bico. São fortes e possuem um tubo oco. O grupo, chefiado pelo engenheiro químico Richard Wool, pesquisou as penas para testar seu desempenho como microcircuitos eletrônicos. As penas não possuem rigidez suficiente para comportar ar no interior dos tubos que dão velocidade aos eletróns ao longo da fiação. Por isso, os cientistas tentaram um sistema de aquecimento térmico para fortalecer a união entre os átomos de carbono na queratina.

A equipe revelou que a carbonização das penas lhes deu uma força que as aproxima de nanotubos. Eles também podem armazenar até 1,7% do seu peso em hidrogênio, bem como os nanotubos de carbono vendidos em lojas. Além disso, o custo de produção de penas é praticamente nulo. “Elas são commodities descartadas”, disse Wool.

Os pesquisadores calculam que um tanque de armazenamento de hidrogênio utilizando penas custaria cerca de U$200, se produzido em grande escala. É um grande passo, porém, o Departamento de Energia dos EUA estabeleceu uma meta para a capacidade de armazenamento de hidrogênio que suporte cerca de 6% de seu peso, por isso, a carbonização das penas precisa ser otimizada. Ainda assim, Wool está confiante que essa meta pode ser alcançada

* Com informações do World Poultry