Esta tem sido uma semana de fortes oscilações para as principais commodities agrícolas na bolsa de Chicago. Na contramão do dólar e reféns do humor dos traders em relação à firmeza da economia mundial nos próximos meses, milho, soja e trigo registraram variações expressivas nas sessões de segunda, quarta e quinta-feiras. Mas o saldo é positivo para os preços, uma vez que as disparadas de segunda e quinta mais do que compensaram o mergulho de quarta.
O dólar retomou a curva descendente dos últimos meses e também impulsionou outras commodities, inclusive não agrícolas. Foram os casos de petróleo e ouro, que também têm atraído maior interesse de fundos de investimentos em tempos de poucas alternativas rentáveis à disposição.
Soja – Os contratos futuros com vencimento em agosto (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) encerraram o pregão negociados a US$ 11,78 por bushel, 41 centavos de dólar (3,61%) a mais que na véspera. Com o novo salto, cálculos do Valor Data mostram que o grão passou a acumular valorização de 20,2% em 2009. Nos últimos 12 meses, a queda caiu para 15,53%.
A China poderá reduzir consideravelmente suas importações de soja nos próximos quatro meses, o que poderia levar a um acentuado enfraquecimento das cotações internacionais da oleaginosa. O diagnóstico, segundo a agência Reuters, é da respeitada revista especializada alemã Oil World, com sede em Hamburgo.
Milho- Os contratos para setembro (segunda posição) fechou a quinta-feira a US$ 4,5825 por bushel, ganho de 15,75 centavos de dólar (3,56%) em relação ao dia anterior. A valorização acumulada no ano, assim, subiu para 9,69%, enquanto a retração nos últimos 12 meses diminuiu para 27%.
– Com informações do Valor Econômico.