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GLOBALGAP terá nova diretoria até o final de 2008

<p>Nas regras da organização, estão aptos a votar membros pertencentes ao segmento do varejo e fornecedores de alimentos.</p>

Redação (04/12/2008)- De 24 de novembro a 15 de dezembro a organização GLOBALGAP, detentora de  normas voluntárias para a certificação de produtos agrícolas em nível mundial, estará em processo de eleição de uma nova diretoria – que cumprirá um mandato de quatro anos a partir de 2009. Nas regras da organização, estão aptos a votar membros pertencentes ao segmento do
varejo e fornecedores de alimentos, tais como frutas e vegetais, carnes,
café, chá, entre outros. A diretoria é constituída por igual número de
representantes do varejo e de fornecedores (um total de quatro para cada
representação), e presidida por um executivo independente. O resultado
será dado em 22 de dezembro e a primeira reunião da diretoria acontecerá
no início de fevereiro. A votação e a contagem dos votos serão auditadas
pela KPMG.

 A atual diretoria foi eleita em 2006, para um mandato de três anos, e
 guiou GLOBALGAP por um período de significativo crescimento. Em agosto de
 2008, o número de produtores certificados chegou a 92 mil, contra 35 mil
 em 2005. Na gestão que está terminando no final de dezembro também houve a
 mudança do nome da organização, de EurepGap para GLOBALGAP. O objetivo foi
 que o nome expressasse o posicionamento da norma, presente em 85 países.

 Sobre GLOBALGAP

 A criação da norma GLOBALGAP teve basicamente duas motivações: facilitar a
 vida dos produtores, vendedores e compradores de produtos primários, no
 caso redes de varejo da Europa, e garantir a segurança dos alimentos aos
 consumidores. Isso em 1997, por alguns grupos do varejo britânico
 pertencentes ao /Euro-Retailer Produce Working Group/ (Eurep), numa
 parceria com supermercados da Europa continental. Cada empresa tinha o seu
 conjunto de critérios, e muitas auditorias significavam custos adicionais
 para ambos os lados do balcão – fornecedores e compradores. Além disso,
 reagiram ao interesse crescente dos consumidores nas questões de segurança

 alimentar, normas ambientais e de trabalho. A outra sigla que ajudou a
 construir a marca, GAP, vem do inglês /good agricultural practices/ – boas
 práticas agrícolas.

 Com o passar dos anos, a norma teve sua presença ampliada. Hoje, a
 organização está em 85 países e até agosto de 2008 havia 92 mil produtores
 certificados. Não perdeu, no entanto, a essência de sua lógica: GLOBALGAP
 é uma norma dita pre-farm-gate (antes da porteira da fazenda), o que
 significa que o certificado abrange toda as etapas do produto final,
 iniciando pelos insumos e terminando no momento em que deixa a
 propriedade. Isso vale para grãos, hortifrutigranjeiros, carnes, café,
 chá, flores, algodão, entre outros.

 A nova versão da norma, lançada em 2007 e conhecida como certificação
 versão 3, reúne todos os produtos agrícolas numa única auditoria na
 fazenda. Tem o nome de Sistema Integrado da Garantia da Produção. Com
 isso, donos de propriedades diversificadas, com pecuária, cultivo de grãos
 e frutas, por exemplo, podem evitar várias auditorias para demonstrar o
 cumprimento com as múltiplas exigências dos mercados e consumidores.

 Um fato que permitiu a expansão da norma foi o /benchmarking/, caminho
 encontrado para incentivar o desenvolvimento de sistemas de gestão
 adaptados ao nível nacional e muitas vezes também regional. O processo de
 verificação da equivalência é comparável a um sistema de filtragem, já que
 qualifica e harmoniza diferentes normas em nível mundial. As unidades de
 produção a serem verificadas devem cumprir com as exigências tanto da
 norma anterior como da norma GLOBALGAP. Isto é garantido por meio de
 auditorias paralelas, que levam em consideração as condições específicas
 da unidade de produção. Normas nacionais ou regionais de gestão da
 produção que completam o processo de verificação da equivalência são
 reconhecidas como esquemas equivalentes à GLOBALGAP.