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As ações das multinacionais agrícolas seguem em queda

<p>Dos dois últimos anos pra cá, as empresas agropecuárias desfrutavam um desenvolvimento favorável dos preços e seus lucros cresciam no ritmo da produção mundial.</p>

Redação (24/10/2008)- A crise financeira que está afetando as operações das principais empresas do mundo, também está impactando diretamente no preço das commodities. Dos dois últimos anos pra cá, as empresas agropecuárias desfrutavam um desenvolvimento favorável dos preços e seus lucros cresciam no ritmo da produção mundial.

Hoje a situação mudou completamente para as empresas que, além de se verem afetadas pela queda no preço das commodities, também a queda das suas ações nas Bolsas do mundo. Se bem que a Bolsa de Nova Iorque é, paradoxalmente, a que menos tem queda percentual no mundo, mas é onde se concentra a cotação das maiores empresas multinacionais agrícolas.

Os dados são convincentes. Como detalhamos no Infocampo há algumas semanas, os títulos das empresas continuam em queda. No caso da Mosaic, a divisão de fertilizantes da Cargill, tem sido uma das mais afetadas. Suas ações depreciaram 85% em menos de 4 meses. Deixaram de vales 163,25 dólares para um mínimo de 30,10 dólares; hoje está na ordem dos 34,24 dólares.

A Monsanto foi uma das primeiras empresas a tentar a confiança de seus acionistas. Quando começaram as quedas nas Bolsas, aumentou a previsão de lucros para 2008, com a tentativa de não sofrer com a saída dos investidores. De todas as formas, suas ações desvalorizaram 53% de junho à outubro. Hoje são cotadas na ordem dos 80 dólares, mas chegaram a valer 68 dólares.

Certamente as empresas de maquinaria agrícola não estão isentas da queda geral. A AGCO Corporation sofreu uma queda de 65% de dezembro de 2007 à outubro de 2008; ao mesmo tempo, as ações da John Deere perderam 64% de abril à outubro e hoje está por volta de 33 dólares.

Entre as mais afetadas se pode mesncionar, em primeiro lugar, a empresa canadense Agrium Inc., que perdeu em Wall Street 72% de junho até início de outubro. Ao mesmo tempo, durante esta semana, seus títulos seguiram em queda de mais de 16%.

Outro caso simbólico é o da ADM, que também perdeu mais de 72%, passando de 48,95 dólares em abril para 13,53 dólares em outubro. De qualquer maneira, estes títulos mostram uma tendência estável nesta semana. Hoje estão por volta de 19 dólares.

Por fim, a Bunge teve seu pico em janeiro deste ano, quando valia 135 dólares e, em 22 de outubro, sua ação baixou para 33,71 dólares, quer dizer 75%.