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Milho fica no territorio nacional

<p>A safrinha já está nos silos da cerealista e é hora de vender o milho entregue pelos produtores.</p>

Redação (16/10/2008)- Este ano, a safra brasileira de milho está ficando no mercado interno. Nem a alta do dólar está conseguindo impulsionar as exportações. Saiba como está a situação no Paraná.

A safrinha já está nos silos da cerealista e é hora de vender o milho entregue pelos produtores. Mas de um ano para o outro os clientes não são mais os mesmos.

No ano passado, quase todo o milho estocado no armazém, noventa das cem mil toneladas, foi exportado. Este ano, apenas três mil toneladas do lugar saíram do país. Todo o restante está sendo comercializado no mercado interno. A explicação é que faltam atrativos para negociar com os estrangeiros.

No ano passado, o Brasil mandou para o exterior mais de dez milhões de toneladas de milho. Grande parte foi para a Europa porque teve quebra de safra. Com tanta procura, os europeus chegaram a pagar adicional pelo milho brasileiro. Este ano, até agora, com as safras dos países indo bem, o Brasil só exportou cerca de quatro milhões de toneladas.

O analista de mercado Camilo Motter explicou que o motivo da redução está no preço. “Os preços internacionais vieram caindo neste momento em que o Brasil teve a colheita da safrinha e uma colheita muito boa. Com a queda dos preços internacionais e queda bastante acentuada, os preços internos se mantêm ligeiramente acima dos preços internacionais. Portanto, é muito mais vantagem vender para a indústria aqui dentro do que exportar. Nós temos várias razões para essa diferença em relação ao mercado internacional. Em primeiro lugar, há um aumento da oferta no mundo inteiro. Em segundo lugar, e talvez muito importante porque diferencia o que aconteceu no ano passado deste ano, é que alguns governos europeus no ano passado determinaram que o produto a ser comprado na importação teria que ser não transgenico. Coisa que este ano não existe mais porque derrubar esta norma. Portanto, aí estão competindo Argentina, Brasil e Estados Unidos na oferta. Como os Estados Unidos e a Argentina estavam e estão mais competitivos na venda de milho, o produto brasileiro permanece aqui dentro, as indústrias nesse momento pagando um pouco acima”, disse.

Para o gerente da cerealista, Valmir Adamante, é preciso ter cautela e esperar o preço reagir. “O mercado internacional chegou até US$ 280,00 ou US$ 290,00. E no momento o mercado internacional está numa faixa de US$ 160,00 a US$ 170,00. Não compensa em função da redução de preços em dólar. Mesmo com o aumento do dólar, ainda o mercado internacional está abaixo do mercado interno”, falou.

Na região de Cascavel, a saca do milho está valendo R$ 17,00.