Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Diferencial sorológico

<p>Intervet Schering-Plough apresenta nova tecnologia em sua vacina Aftovacin para febre aftosa. Ela atende exigência do Mapa e permite diferenciar sorologicamente os animais vacinados dos que possam ter tido contato com a doença.</p>

Redação (10/10/2008) – A Intervet Schering-Plough Animal Health dá início neste final de semana à campanha publicitária da Aftovacin Oleosa, vacina contra febre aftosa. O objetivo é reforçar a principal característica do produto: a possibilidade de diferenciar sorologicamente animais vacinados dos que possam ter tido contato com a doença. Esta é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e passa a valer a partir de novembro, quando todas as vacinas terão que incorporar tecnologias que as possibilitem ser livres de Proteínas Não-estruturais (PNE) do vírus da aftosa.

O presidente da Intervet Schering-Plough, Fernando Heiderich, acredita que desta forma o Brasil terá como oferecer garantias ainda maiores aos organismos internacionais e a países importadores de que a carne brasileira é oriunda de áreas livres da doença, mesmo que com vacinação. Heiderich calcula um potencial de ganho para a pecuária brasileira de até US$ 6 milhões. O ganho viria da diferença do preço médio internacional pago pelo produto de áreas onde a doença está erradicada. O Brasil exporta carne bovina para mais de 150 países. Um dos principais clientes é a Rússia, com 31% do total embarcado. O preço médio pago pelos russos é de US$ 3.704 a tonelada, que poderia passar a ser de US$ 5.502 em mercados como o dos Estados Unidos, que remuneram mais pela carne de países onde a doença está erradicada.

A tecnologia utilizada na Aftovacin é a mesma aplicada pela Intervet Schering-Plough na vacina RB-51, contra a brucelose, e recentemente lançada pela empresa no Brasil. Ela também estará incorporada a vacina Oleovac Oleosa, também contra aftosa e que será comercializada pela Coopers. A Intervet Schering-Plough já vem disponibilizando esta tecnologia na Aftovacin desde 2007 e acompanhando seus resultados de campo. Ao todo, já foram 105 milhões de doses aplicadas com a nova tecnologia. “A proteção ao animal não muda, a grande vantagem está nos relatórios sorológicos mais precisos que o próprio ministério poderá obter”, comenta o diretor. Para o produtor, a nova vacina deve ter um custo adicional menor que 10%.

Hoje há seis marcas de vacina para febre aftosa no mercado brasileiro. Embora a partir de novembro todas elas tenham que incorporar tecnologias que as possibilitem ser livres de PNE, a comercialização dos estoques já produzidos poderá ser realizado sem problemas. Com isto, nos próximos dois anos ambos os tipos de vacina ainda deverão conviver no mercado. Portanto, as possíveis vantagens competitivas para as exportações brasileiras devem se concretizar apenas em 2010. “Mas depois com certeza teremos um potencial grande para ampliarmos ainda mais as exportações da carne brasileira”, reforça Heiderich.