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Pecuarista tem lucro com exportação

<p>O momento é bom para os pecuaristas autorizados a exportar carne para a União Européia.</p>

Redação (09/09/2008)- Em Minas Gerais, onde fica a maior parte das propriedades aprovadas pelo bloco, o mercado anda aquecido e a venda de bezerros, em alta.

Aprovado na auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, o pecuarista Narciso Ferreira, de Patos de Minas, no alto Paranaíba, comemora. Ele conseguiu 20% a mais na arroba do boi rastreado.

“Isso dá hoje aproximadamente em torno de R$ 150,00 por animal. Para hoje é um bom negócio. Antes, estávamos trabalhando com prejuízo”, explicou Ferreira.

Das 195 fazendas habilitadas a exportar para a União Européia, cento e vinte estão em Minas Gerais. O criador Cláudio Consonni também entrou na lista dos europeus.

“Todo mundo sabe o custo das commodities de soja e milho, que são a base da ração, da alimentação dos animais. Então, se não fosse o processo de exportar gado para a Europa com um custo a um preço maior na sua arroba de boi, não teria condições de ter confinado o gado ou, talvez, teria tomado prejuízo”, avaliou Consonni.

Se por um lado os produtores que tiveram as fazendas habilitadas para exportar estão conseguindo mais dinheiro na hora de vender o gado rastreado, do outro lado da cadeia os criadores também estão faturando mais na hora de vender os bezerros para a reposição das fazendas exportadoras. Esse reflexo pode ser visto nos leilões de cria e recria.

No leilão em Patos de Minas antes eram realizados dois leilões por mês. Agora, dobrou. São realizados quatro leilões. Bom para criadores como Antônio Queiroz. Por conta do aquecimento no mercado ele está ganhando 50% a mais na venda de bezerros.

“Nós estávamos vendendo bezerros em torno de R$ 400,00. Hoje, você vê em torno de R$ 600,00 bezerro de qualidade e bom. Bezerro que tem genética realmente o mercado melhorou bastante”, concluiu Queiroz.