Redação (08/09/2008)- A área agrícola com culturas transgênicas cresceu 12%, em 2007, refletindo o a expansão em economias menos desenvolvidas e apesar das restrições impostas às culturas com OGM em mercados como a União Europeia.
Em todo o mundo, o cultivo de transgênicos aumentou 12,43 milhões de hectares, somando 114 milhões de ha, revelam dados da ISAA, uma agência internacional para aquisição de aplicações biotecnológicas. No ano passado, a produção de algodão com sementes modificadas aumentou 50% na Índia e 10% na China. Nos Estados Unidos 90% do milho cultivado é de origem transgênica.
ONG como a Greenpeace continuam a advertir sobre o alegado efeito irreversível nos ecossistemas, enquanto multinacionais como a Monsanto e a DuPont contrapõem com as vantagens económicas das soluções transgénicas em termos de produtividade e rentabilidade dos agricultores.
Importando – A União Européia (UE) autorizou nesta segunda-feira a importação de produtos que incluem uma variedade de soja transgênica (A2704-12) utilizada na alimentação de animais.
A autorização é válida por 10 anos e todo produto que contenha soja modificada deverá estar estritamente etiquetado e seguir as regras européias de rastreamento.
Os países da UE não conseguiram em julho passado fechar um acordo sobre pedidos de autorização de distintas variedades de soja e algodão transgênicos, submetendo assim a decisão à Comissão Européia.
O procedimento de confiar a decisão a Bruxelas é habitual há anos no caso dos pedidos de comercialização de um OGM (Organismo Geneticamente Modificado) e evita que os países europeus se exponham ao discutir o tema dos transgênicos, de grande sensibilidade pública.
O tipo de soja autorizada, conhecida como A2704-12, foi testado em agosto de 2007 pela Autoridade Européia da Segurança Alimentar (EFSA). O órgão considerou improvável que esta soja tenha efeitos indesejados para a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente.
O pedido de autorização havia sido apresentado em 2005 pelo grupo alemão Bayer CropScience para o mercado holandês.
A UE não deu licenças para o cultivo de plantas transgênicas, mas aceita a comercialização de espécies importadas.