Redação (28/08/2008)- Parece moda, mas desde a primeira experiência com a ovelha Dolly, na União Européia, muitos países iniciaram seus estudos sobre clonagem. Foram apresentados ao mundo: Vacas, gatos, leitões, cavalos, etc. Porém, será que estes animais criados em laboratório poderão ter algum fim lucrativo no futuro?
A clonagem nunca foi uma prática comercial dentro do continente europeu, e até onde sabemos, não existem produtos clonados a venda. Uma comissão na Europa defende o uso da clonagem para fabricação de alimentos até 2010.
Se dependermos do Comitê Agrícola da União Européia, isso não deve acontecer. Os representantes querem banir o uso de animais clonados na alimentação humana. Na próxima semana esta questão será debatida com mais profundidade na Europa.
O principal argumento de defesa do Comitê Agrícola é a constatação dos problemas que os animais clonados sofrem. "Esses animais ficam mais suscetíveis a doenças e, geralmente, vivem menos. A partir de uma perspectiva agrícola, existem dúvidas sobre o código genético destes animais, tornando-os frágeis", afirma Neil Parish, presidente do Comitê.
Será que a idéia de comer ou beber algum produto clonado não trás a tona a mesma discussão de anos atrás, na decisão de clonar ou não um animal?
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) e o Food and Drug Administration dos US afirmam que não há nenhuma diferença, em termos de segurança alimentar, entre os produtos extraídos dos animais "convencionais" ou de seus clones. No entanto, o presidente do comité científico da EFSA alertou que há uma escassez de dados sobre a clonagem animal e que o argumento da fragilidade deste tipo de animal é válido.