Redação (19/08/2008)- A alta do petróleo e a desvalorização do dólar guiaram o humor dos investidores ontem e foram creditadas pelos analistas como os dois fatores principais para a alta das principais commodities agrícolas negociadas na bolsa de Chicago. A soja encerrou o dia com a alta máxima permitida para uma única sessão.
O petróleo valorizado reforça a demanda por combustíveis alternativos, como o etanol, que, nos Estados Unidos, tem o milho como base de produção. Com isso, os contratos de milho com vencimento em dezembro subiram 23,25 centavos de dólar, para US$ 5,7275 por bushel.
"O avanço do petróleo deu suporte à alta do milho e da soja hoje [ontem]", disse à Bloomberg Daisuke Yamaguchi, analista da corretora Yutaka Shoji, de Tóquio. Os contratos de soja com vencimento em novembro subiram em Chicago o limite de 70 centavos de dólar, para US$ 12,89 por bushel.
A queda do dólar, que desceu de seu maior patamar em seis meses, reforçou a perspectiva de aumento das exportações das commodities agrícolas produzidas nos EUA. Foi o cenário que mais teve influência na alta do preço do trigo, segundo analistas ouvidos pela Bloomberg.
O preço do trigo também subiu depois que a Home-Grown Cereals Authority informou que a colheita do cereal está atrasada no Reino Unido em função do mau tempo – a colheita já ocorreu em 2% da área até o momento, em comparação com os 50% nessa mesma época de 2007. Em Chicago, os contratos de trigo para dezembro subiram 35,50 centavos de dólar, para US$ 8,8475 por bushel. Em Kansas, os contratos que vencem também em dezembro subiram 30,75 cents, para US$ 9,1575 por bushel.