Redação (14/08/2008)- Os preços de soja, milho e trigo no mercado futuro reviveram ontem o cenário de disparada registrado em junho, quando atingiram suas maiores cotações históricas. As três, as principais commodities agrícolas negociadas na bolsa de Chicago, encerraram com limite de alta permitido para uma única sessão.
Para a soja, o dia foi de ajuste técnico após as quedas registradas em julho e um dia depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentar uma projeção de produtividade menor nas lavouras do país que a previsão feita há um mês. Os contratos de soja com vencimento em julho subiram 70 centavos de dólar, para US$ 12,7750 por bushel.
Na visão de um analista ouvido pela agência Dow Jones Newswires "o relatório de ontem [terça-feira] é velho como jornal da véspera", minimizando a influência dos dados apresentados pelo USDA sobre o desempenho dos preços na quarta-feira. Ainda assim, os investidores continuaram a digerir as informações do relatório, gerando uma "retroalimentação", como exemplificou um trader: uma commodity puxou a alta da outra.
Os contratos de milho para dezembro subiram 30 centavos de dólar, para US$ 5,5850 por bushel. Para alguns analistas, a projeção do USDA pode ter sido excessivamente otimista, especialmente para o Estado de Iowa. O Departamento de Agricultura americano ampliou em 4,9% sua previsão de produção de milho no país na safra 2008/09 em comparação com a projeção apresentada em julho.
As compras especulativas também marcaram o mercado de trigo. Os papéis para dezembro subiram 60 centavos de dólar na bolsa de Chicago, para US$ 8,7525 por bushel. Os fundos de commodities compraram cerca de 5 mil contratos. Em Kansas, os papéis que também vencem em dezembro encerraram em alta de 60 cents, a US$ 9,0925 por bushel.