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Chuva favorece manutenção do fungo da ferrugem asiática da soja no MT

<p>Clima trás alívio para uns e preocupação em dobro para outros.</p>

Redação (05/08/2008)- As chuvas isoladas registradas no Estado no último domingo melhoraram a qualidade do ar em muitas cidades mato-grossenses, mas também, criaram condições de sobrevivência ao fungo da ferrugem asiática da soja. O Phakopsora pachyrhizi, presente em inúmeras plantações involuntárias, aquelas formadas com os grãos que sobraram da última safra, ganha ‘mais tempo’ sobre as plantas, aumentando sua permanência no ambiente, mesmo durante a entressafra e o período do Vazio Sanitário, que proíbe por 90 dias o cultivo de lavouras comerciais de soja de norte a sul do Estado.

Como explica o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e milho do Estado (Aprosoja), Nery Ribas, com a ocorrência das chuvas e com a infestação de fungos já registrada em junho em várias partes do Estado, “aumentam as condições favoráveis do fungo e com isso, devem ser ampliadas a atenção dos produtores que deve estar redobrada ás plantas guaxas (involuntárias). Caso haja plantas guaxas, a destruição deve ser imediata”, orienta.

Com o fim do Vazio na porção norte do Estado a partir do dia 15 de setembro, o plantio fica liberado e seguirá o ritmo imposto pelas chuvas, “ou seja, estamos a 40 dias do reinício dos trabalhos e ainda existem focos da doença”, alerta.

Plano de Ação – Autoridades estaduais criaram uma força-tarefa que adotou como estratégia a vistoria em 759 propriedades estaduais, em 28 municípios. No início de julho, durante uma primeira vistoria in loco, as equipes encontram o fungo vivo da doença em 84% das fazendas vistoriadas e essa constatação levou às autoridades a emitirem sinal de alerta aos produtores sobre a necessidade de destruir a soja guaxa das suas propriedades, como forma de eliminar a ponte verde, ou seja, a sobrevivência dos fungos durante a entressafra até a nova temporada. Produtores que tiverem plantas guaxas em suas propriedades serão notificados e terão um prazo de dois a três para eliminar o ‘criadouro’. Quem não obedecer será autuado em até 3 mil unidades padrão fiscal do Estado (UPFs), atualmente cotada em R$ 30,70 cada.