Redação (07/07/2008)- O Banco do Brasil vai destinar cerca de R$ 30,8 bilhões
para operações de crédito rural na safra 2008/2009. Desse total, R$ 7,8
bilhões vão financiar a agricultura familiar e R$ 23 bilhões vão atender
aos demais produtores e suas cooperativas. O anúncio foi feito pelo
vice-presidente de Agronegócio do BB, Luiz Carlos Guedes Pinto, nesta
segunda-feira, 7/07. A efetivação dos desembolsos vai depender da demanda
apresentada pelo setor, da análise de crédito, do retorno dos recursos
emprestados em anos anteriores e do comportamento dos depósitos à vista e
da poupança rural ao longo do ano-safra.
Os valores previstos para o ano-agrícola que se inicia correspondem a
incremento médio de 25% sobre a safra 2007/2008, quando o valor
contratado em crédito rural pelo Banco do Brasil ficou em R$ 24,7
bilhões. Na agricultura familiar o crescimento foi ainda maior, de 30%.
Para os demais produtores os desembolsos cresceram 23% no período.
Do total emprestado na safra 2007/2008, R$ 6 bilhões foram destinados à
agricultura familiar e R$ 18,7 bilhões para os demais produtores e suas
cooperativas. Esses valores correspondem a 17% de incremento sobre a
safra 2006/2007, 7% (agricultura familiar) e 21% (demais produtores).
Proposta pela internet
O Banco do Brasil vai passar a oferecer, já a partir do próximo mês de
agosto, ferramenta eletrônica via Internet para o acolhimento, envio e
acompanhamento das propostas de crédito rural – desde sua apresentação
pelos clientes até a liberação do crédito, que poderá ocorrer por
intermédio do cartão Ourocard Agronegócio. O novo serviço é destinado aos
produtores rurais e revendas de máquinas ou insumos.
Seguro Rural
O seguro agrícola do Banco do Brasil para a safra 2008/2009 vai contar
com a subvenção ao prêmio concedida pelo Governo Federal. As taxas, que
agora são municipalizadas, contam com redutor para as lavouras irrigadas.
A importância segurada por propriedade subiu de R$ 1,2 para R$ 1,5
milhão.
Na safra 2007/2008, o BB contratou R$ 12,4 bilhões em custeio agrícola.
Deste montante 51,2% foi realizado de forma conjugada com a proteção
contra intempéries por meio do seguro agrícola e Proagro. O valor
protegido foi de cerca de R$ 6,3 bilhões, divididos em R$ 2 bilhões pelo
seguro agrícola e R$ 4,3 bilhões pelo Proagro.
O Proagro abrange todas as culturas constantes no zoneamento agrícola do
Ministério da Agricultura: algodão, ameixa, amendoim, arroz, banana,
cevada, café, caju, dendê, feijão, girassol, mamona, maçã, mandioca,
milho, nectarina, pêra, soja, sorgo, trigo e uva.
Para a próxima safra, a cultura do algodão terá seguro disponível nos
estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo,
Minas Gerais e Bahia. Já os produtores de soja e milho podem contratar a
proteção para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,
Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Tocantins,
Maranhão, Piauí, Bahia e Distrito Federal.
O seguro estará disponível também para milho safrinha nos estados do
Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul; arroz irrigado nos estados de São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul; cana-de-açúcar em São Paulo e Paraná:
e trigo nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Proteção de Preços
Na maior parte das operações do Pronaf o produtor familiar conta com a
proteção de preços do Governo Federal, por meio do programa PGPAF
(Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar). Para os demais
produtores, o Banco do Brasil vai ampliar a possibilidade de contratação
de proteção de preços por meio de operações em bolsa, envolvendo
contratos de milho, soja, café e boi.
O Banco do Brasil lançou na safra 2007/2008 o cartão Ourocard Platinum
Agronegócio, modalidade pioneira no mercado. Trata-se de um cartão de
múltiplas funções, incluindo a de financiamento rural. Essa função
permite ao produtor rural realizar as aquisições de bens e produtos
vinculados à sua atividade e efetuar o pagamento a débito de sua operação
de crédito rural, para custeio ou investimento.