Redação (12/12/2007)- O presidente do conselho de administração da Sadia, Walter Fontana, disse ontem que a empresa poderia ter sido mais ousada na oferta hostil que fez pela Perdigão em julho do ano passado. Na ocasião, a Sadia anunciou ao mercado uma oferta de R$ 3,2 bilhões pela rival. A proposta foi ampliada posteriormente para R$ 3,8 bilhões, mas, como a primeira, foi recusada por um grupo de acionistas da Perdigão.
"Tínhamos uma linha de R$ 5 bilhões do Banco Real, dois anos para pagar, com seis meses de carência e um juro baixo – libor mais 0,75%. Acho que poderíamos ter ido mais longe", admite Fontana. Ele lembra que tentou conversar com os fundos de pensão, liderados pela Previ, que controlam a Perdigão.
Mas a reação foi de que não adiantava elevar o preço. A negociação para a venda da Perdigão teria de começar a ser discutida com o governo, antes de chegar aos acionistas. Hoje, diz Fontana, o preço para comprar a Perdigão, incluído o pedágio de 35%, é de R$ 12 bilhões.
"A união de Sadia e Perdigão daria ao Brasil a capacidade de consolidador mundial."
"Perdigão valia mais", afirma Walter Fontana
<p>O presidente do conselho de administração da Sadia disse ontem que a empresa poderia ter sido mais ousada na oferta hostil que fez pela Perdigão.</p>