REdação (12/12/2007)- Os instrumentos de apoio à comercialização da produção agrícola e a política de preços mínimos do Brasil se destacaram entre os temas de maior interesse da delegação chinesa que visitou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (11). Dirigentes do Departamento de Supervisão de Preços da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, e de departamentos de supervisão de preços de cinco províncias (estados) chinesas, foram recebidos pelo secretário de Política Agrícola do Mapa, Edilson Guimarães, e equipe, para uma conversa sobre a formulação da política agrícola brasileira.
“Nosso principal interesse, nessa viagem, é conhecer a política agrícola brasileira, sobretudo a formulação de preços. Queremos saber também como o Governo enfrenta a grande mudança dos preços de produtos agrícolas”, afirmou Zhang Huazhong, diretor do Departamento de Supervisão de Preços e chefe da delegação. A equipe da Secretaria de Política Agrícola do Mapa explicou a evolução da política de abastecimento e de preços do Brasil e a transição de um alto grau de intervenção do governo, até meados de 80, para a atual política de equalização, com mecanismos mais modernos como os leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).
“O governo comprava, armazenava e vendia produtos na entressafra para regular preços. Foi um mecanismo que se mostrou ineficiente e caro. A tendência atual da política de abastecimento são os instrumentos de apoio ao mercado. O governo paga a diferença do preço mínimo e só compra o produto de pequenos ou de produtores de regiões afastadas”, resume Edilson Guimarães. Para o secretário, o encontro foi uma oportunidade de troca de experiências entre o Brasil e a China, país que tem contribuído de forma exponencial para o aumento da demanda de produtos agropecuários no mundo.