Redação (06/12/2007)- O município de Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai, foi o primeiro a registrar a ocorrência da ferrugem asiática da soja nesta safra em Mato Grosso do Sul. O caso foi notificado pela Fundação MS, de Maracaju, que faz o monitoramento de lavouras na região centro-sul do Estado e anunciado ontem.
O foco foi identificado na última segunda-feira num plantio comercial, pelo técnico da Fundação MS Roberto Bresolin, em estádio R3 da cultivar V-Max, sob condições climáticas desfavoráveis à doença, de pouca chuva. A lavoura foi plantada na primeira quinzena de outubro.
Na safra passada, a primeira incidência de ferrugem da soja no Estado ocorreu em meados de novembro em Laguna Carapã, no estádio R1 da cultivar CD 202. Este ano, segundo Bresolin, "a evolução do número de focos foi mais lenta, fato provavelmente relacionado aos períodos de estiagem em novembro e ao estabelecimento do vazio sanitário", entre julho e setembro.
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Embora a identificação da doença nesta safra tenha ocorrido mais tarde, em relação a safras passadas, não se pode deduzir, lembrou o técnico, que sua evolução seja mais rápida ou lenta, "pois esta evolução estará estreitamente ligada às condições climáticas no período de evolução da cultura".
"Com este foco identificado no Estado, a partir de agora é de suma importância que os produtores rurais e técnicos da assistência fiquem atentos e realizem o monitoramento das lavouras constantemente, principalmente com a retomada das chuvas", alertou Brasolin. A confirmação da ocorrência da ferrugem deve ser feita num laboratório credenciado no Sistema de Alerta do Consórcio Antiferrugem.
Segundo ele, "o controle curativo só apresentará sucesso com a realização imediata da pulverização com um fungicida eficiente, na identificação dos primeiros resquícios da doença no terço inferior das plantas".
Mato Grosso do Sul respondeu por cerca de 20% dos casos de ferrugem do País na safra 2006/2007, com 676 ocorrências registradas oficialmente pelos órgãos de vigilância vegetal.
