Redação (04/12/2007)- As geadas ocorridas em novembro em partes do cinturão produtor de milho da Argentina trouxeram prejuízos às plantações, enquanto o tempo seco e quente gera preocupações nas demais regiões, afirmou a Bolsa de Cereales de Buenos Aires em seu relatório semanal sobre a safra. A Argentina é o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos EUA.
Segundo estimativas divulgadas pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), o país sul-americano deveria produzir uma safra recorde de 22,5 milhões de toneladas do cereal, volume superior à previsão do governo para a temporada 2006/07, de 21,8 milhões de toneladas. No entanto, uma série de geadas em novembro surtirá efeito sobre a produção do grão.
"As geadas recentes afetaram as lavouras em grande parte da região (produtora) de milho, especialmente em partes do centro-sul de Buenos Aires", avaliou o relatório. A província de Buenos Aires é a segunda maior região produtora de milho na Argentina, sendo Córdoba a primeira e Santa Fé a terceira. Além de indicar problemas para o milho, a bolsa estimou perdas de 1,2 milhão de toneladas para a cultura do trigo, também em função das geadas.
"Outro cenário que preocupa os produtores (de milho) nas regiões do milho em Córdoba e no centro-norte de Santa Fé é a falta de umidade no solo e as altas temperaturas no início da florada das lavouras precoces", afirmou a Bolsa. Até sexta-feira, os produtores haviam semeado 84,2 por cento dos 3,2 milhões de hectares estimados para o plantio de milho com fins comerciais, 2,8 pontos percentuais acima do registrado na semana anterior e 5,9 pontos além da área plantada da última temporada.