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Perdigão com mais sabor

<p>Empresa incorpora a Eleva Alimentos numa transação de R$ 1,7 bilhão e se torna líder no setor de alimentos, deixando Sadia na segunda posição.</p>

Redação (05/11/2007)- O dia 30 de outubro de 2007 será lembrado pela Perdigão como a data em que a empresa assumiu a liderança no mercado brasileiro de alimentos. A proeza, que desbancou a rival Sadia para a segunda colocação, se tornou possível graças à incorporação da Eleva Alimentos, quae passará a ser uma subsidiária do grupo. Em números a negociação permitirá um faturamento anual de R$ 8,2 bilhões à Perdigão, ante R$ 7,95 bilhões da principal concorrente. 

A transação, já assinada em contrato, será finalizada apenas no início de 2008 e conta com a oferta pública de 40 milhões de novas ações. Dessas, 20 milhões serão vendidas no mercado e, segundo estimativas, devem levantar algo em torno de R$ 774 milhões até 30 de dezembro, prazo final para o pagamento aos acionistas da Eleva. O outro lote, com mais 20 milhões de ações, servirá para a troca de papéis entre as empresas e os acionistas. 

Com a nova formação, os controladores da Eleva ocuparão a terceira posição entre os majoritários da Perdigão, atrás dos fundos de pensão Previ, do Banco do Brasil, e Petros, da Petrobras. "Como estamos captando dinheiro na bolsa, essa aquisição não vai influenciar o grau de endividamento", diz o presidente da Perdigão, Nildemar Secches. Em português claro, a empresa pretende finalizar toda a operação sem ter de colocar a mão no bolso. "Mas, se for preciso, temos como honrar tranqüilamente esses compromissos", avalia. Segundo ele, afora recursos próprios, ainda há R$ 280 milhões, fruto da oferta inicial de ações.

A aquisição reforça a posição da Perdigão em encampar empresas que possuam atividades complementares às já estabelecidas. A Eleva, dona de marcas como Avipal e Elegê, possui uma captação de 702 milhões de litros de leite ao ano, ante 3,5 milhões da Perdigão. Além disso, possui um frigorífico de suínos no Rio Grande do Sul, que possibilitará exportações para a Rússia. Entre os investimentos recentes, a empresa comprou 51% da Batavo por R$ 101 milhões, além de três marcas de margarina, entre elas a Doriana, por um total de R$ 77 milhões. "Do nosso plano de crescimento, ainda pretendemos expandir os investimentos em bovinos", diz. Pelo jeito, esse frango vai longe.