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Fiscais agropecuários

<p>Nova greve de fiscais agropecuários causará desabastecimento e pressionará preços de defensivos agrícolas.</p>

Redação (11/09/07) – Em plena época de compra de insumos para controle de pragas, movimento grevista interfere na importação de compostos e inviabiliza produção e vendas

São Paulo – A direção do Sindag – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – informou que a retomada da paralisação dos fiscais federais agropecuários, movimento deflagrado há cerca de dois meses entre períodos de greve e retorno ao trabalho, trará prejuízos ao abastecimento do mercado de defensivos agrícolas.

O Sindag esclarece que a greve irrompeu no exato momento em que a indústria deveria processar volume representativo de produtos para safra de verão, que se aproxima. (Veja gráfico sobre as importações de 2006, correspondentes ao período de março a dezembro.)

Ante a impossibilidade de importar compostos empregados na formulação dos defensivos agrícolas, “a maioria das empresas fabricantes não reunirá condições de atender à demanda comum a esta época do ano”, segundo Silvia de Toledo Fagnani, executiva da área de comércio exterior do Sindag. “Cerca de 80% dos defensivos agrícolas usados no Brasil, número equivalente a 280 mil toneladas, são importados ou apresentam componentes importados em sua formulação”, enfatizou Silvia.

O impacto do movimento grevista no mercado de defensivos agrícolas deverá se estender também ao vizinho Uruguai, país ao qual a indústria instalada no Brasil destina parte da produção nesta época do ano. Segundo a executiva, nos próximos dias o Sindag pretende divulgar a cifra estimada para os prejuízos sofridos pela indústria, provocados pelo movimento grevista.

A executiva do Sindag ressaltou ainda que consultores do sindicato acreditam que com a utilização de baixos índices de tecnologia nas lavouras, a partir da baixa oferta de defensivos, deverá haver perdas na produção e na competitividade das principais commodities agrícolas brasileiras. O agronegócio responde por 34% do PIB brasileiro.

O Sindag completou 66 anos recentemente. Vinculado à Fiesp, é mantido por 44 empresas e representa o setor de defensivos agrícolas junto a órgãos de governo, poderes públicos, entidades de classe, comércio exterior, associações rurais e outros segmentos da indústria.