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GSI investe para ser a maior do País

<p>A GSI Brasil/Agromarau anunciou nessa quinta-feira (30/08) a instalação de sua unidade de armazenagem no Brasil.</p>

Redação (31/08/07) – Líder mundial no setor, a empresa pretende se tornar a principal do País e da América do Sul no prazo máximo de cinco anos. Para isso, está investindo R$ 20 milhões na construção de uma unidade em Brusque (SC), com a capacidade de processamento de três mil toneladas de aço por mês. No ano passado, a empresa havia tentado comprar a então maior do setor no Brasil – Kepler Weber. Aporte semelhante será feito em Marau (RS) para a ampliação da unidade de equipamento para granjas de aves e suínos e a construção de um centro de desenvolvimento tecnológico.

A empresa ainda está negociando com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) o financiamento da obra – metade deve vir de recursos próprios e a outra parcela da instituição.

Além dos incentivos fiscais concedidos pelo Governo de Santa Catarina – a conversão do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) em recursos para a compra de insumos – e do município de Brusque – que concedeu o terreno – pesaram na escolha da empresa a localização e a mão-de-obra existente. Ingo Erhardt, presidente da GSI no Brasil, explica que Brusque está a 30 quilômetros do Porto de Itajaí – está nos planos da empresa exportar inicialmente 20% da produção – e próxima aos principais clientes (Bunge, Perdigão, Cargill).

As obras de terraplanagem iniciam em setembro e, no mês seguinte, a construção civil. A estimativa é que entre janeiro e fevereiro a unidade já esteja em funcionamento, gerando emprego para 120 pessoas – que pode chegar a 700 para alcançar os planos de liderança. Segundo Erhardt, a estimativa é que em 2008 a empresa já abocanhe 25% do mercado. "Quando atingirmos a liderança queremos que ela seja forte, pelo menos cinco pontos percentuais acima do segundo", diz o presidente da GSI no Brasil.

Hoje a liderança do mercado no País é da Pagé Industrial – localizada em Araranguá (SC). A Kepler Weber suspendeu recentemente seu processo de recuperação judicial e pretende anunciar, na próxima semana, um plano de recuperação, que inclui o aporte de R$ 300 milhões com o aumento de capital da empresa. Erhardt diz que, no momento não há interesse na Kepler Weber. "Mas não posso dizer que nunca mais. Afinal, somos compostos por fundos, que são muito agressivos em aquisições", afirma. Desde julho o grupo mundial é controlado pelo Centerbridge Partners, um fundo de investimentos dos Estados Unidos, que tem cerca de US$ 3,5 bilhões para aplicar em todo mundo.

O presidente da GSI no Brasil diz que apesar de hoje o mercado ser mais forte na área corporativa, a expectativa é que as vendas de silos para fazendas volte a crescer no ano que vem. "Os negócios neste ano já estão melhores que em 2006", diz.

Além do investimento em silos, a empresa pretende continuar crescendo na área de equipamentos para granjas. Recentemente, ganhou o Prêmio Gerdau Melhores da Terra por uma balança de pesagem de aves, que auxilia as indústrias no controle dos lotes. Segundo Erhardt, a premiação reforça a vontade da empresa em investir em um centro de tecnologia no Brasil.