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Em greve de novo

<p>Fiscais federais agropecuários decidiram que não suspenderão o movimento até que as negociações com o governo sejam concluídas.</p>

Redação (29/08/07) – "Não vamos mais dar trégua. Se o governo quiser negociar, tem que ser no meio da greve", disse o vice-presidente da associação dos fiscais (Anffa), Wilson de Sá. A nova paralisação ocorre às vésperas da chegada de uma missão da União Européia ao País. O segmento exportador teme que a nova greve prejudique a avaliação dos europeus. 

Ontem, o comando de greve reuniu-se com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, para tentar um avanço na proposta do governo. Os fiscais querem 45% de reajuste nos salários-base e 100% da gratificação (GDAFA), inclusive para aposentados e inativos. O Ministério do Planejamento insiste em centrar o reajuste na GDAFA só para servidores ativos. Pela última oferta, que seria dividida em três anos a partir de 2008, haveria alta de 16,4% nos salários iniciais, o que elevaria o bruto a R$ 7,1 mil mensais. No topo da carreira, o reajuste seria de 20,3% – ou R$ 10,1 mil. 

Os fiscais afirmam, porém, que os reajustes seriam menores, entre 7,2% e 20,5%. Pelo acordo, o salário-base subiria entre 0,5% e 6,3%. "Isso não atende aos compromissos assumidos pelo governo desde 2005", diz Sá. A categoria também rejeita a equiparação salarial com especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Querem equiparar, em três anos, com o que eles ganham hoje. Não dá". Pressionado por empresários e ruralistas, Brasileiro se reuniu ontem no Planejamento para negociar outra oferta.