Redação (19/07/07) –De acordo com o ministro, a estimativa é que o número de animais cadastrados entre 40 milhões e 50 milhões de cabeças de gado, com cerca de 50 mil propriedades.
Stephanes afirmou que apenas os animais e fazendas que constarem do cadastro poderão exportar seu produto para a União Européia. O prazo para que os pecuaristas adotem o novo sistema vai até 31 de dezembro. A partir daí, os pecuaristas que quiserem exportar carne bovina terão que atender à instrução normativa nº 17, que determina a rastreabilidade, com identificação de todos os animais da propriedade e informações sobre o manejo do rebanho. Com a mudança para o novo Sisbov, uma propriedade só poderá ter animais de áreas livres de febre aftosa.
O rastreamento dos animais foi um dos pontos questionado pelos irlandeses no relatório apresentado ontem ao Parlamento Europeu. O governo estuda transferir a gestão dos bancos de dados deste sistema para a iniciativa privada, mas o assunto é polêmico porque é alvo de disputa entre as entidades representativas do setor. Stephanes observou que já recebeu propostas da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e da própria Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). "Recebi uma ligação do próprio Fábio Meirelles (presidente da entidade) para tratar deste assunto", disse Stephanes.
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Marcio Portocarrero, disse que o governo deverá receber as propostas de migração do sistema de gestão do banco de dados entre 30 e 40 dias. A partir daí, terá início o processo de transferência das informações. Portocarrero garantiu que a migração não será imediata para não oferecer risco às exportações brasileiras de carne. Ele explica que a transição do banco de dados para o setor privado deve durar dois anos. No primeiro ano, os dois sistemas – privado e público – irão operar paralelamente, mas depois será totalmente transferido para o setor privado.
"Quando há interesse do setor privado, o sistema funciona. Já é assim no Canadá e na Nova Zelândia. A máquina pública oferece entraves que o setor privado não enfrenta", afirma Portocarrero, lembrando que o serviço público é mais lento para adotar medidas emergenciais, que podem ser rapidamente solucionadas.