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Chuvas chegam tarde para salvar a safrinha

<p>O milho safrinha, em fase de colheita, não terá nenhum benefício com o final da estiagem que durou 42 dias. </p><p></p>

Redação (18/07/07) – As chuvas que caem desde o domingo passado na região de Dourados estão ajudando somente as lavouras de trigo e aveia. As perdas na produtividade, sofridas com a falta de água, estão consolidadas.

A última chuva que havia sido registrada pela Embrapa de Dourados foi no dia 2 de junho, com índice abaixo de 10 milímetros. Depois disso seguiram-se frentes frias, com baixas temperaturas, e a permanência de massas de ar seco que impediram a formação de nuvens carregadas em todo o sul do Estado.

De domingo (15/07) até às 8h de terça-feira (17/07), a estação agroclimatológica da Embrapa registrou a precipitação de 28,4 milímetros em Dourados, soma de muitas pancadas de chuva nos últimos três dias. A meteorologia prevê para o restante da semana dias de sol e temperatura em declínio. Para o trigo, o frio é benéfico também, evitando o surgimento de doenças.

Essa condição climática afetou bastante o milho de inverno, causando uma quebra no rendimento estimada antes, e mantida agora, em 30%. Para a safrinha, a chuva veio tarde e se continuar o mau tempo a colheita será prejudicada pelo excesso de umidade no solo, dificultando o trabalho das máquinas.

Mas para o trigo chegou em boa hora porque a maioria das lavouras está em fase de enchimento de grão e apenas uma pequena parcela em perfilhamento, disse ontem o agrônomo Ângelo Ximenes, que atua na assistência técnica.

Para as lavouras de aveia branca, a mudança do clima também foi positiva-garantindo um rendimento quase normal em toda a região. A cultura é usada, além da cobertura do solo no inverno, para a produção de semente e de feno para alimentação animal.

De acordo com Ximenes, as perdas no milho serão distintas porque as lavouras foram plantadas em diferentes épocas na região da Grande Dourados. Quem plantou em março enfrentou menos problemas com a seca.