Redação (01/06/07) – A formação de gelo ocorreu nos últimos dias apenas nas áreas mais propícias, como as baixadas, não atingindo as lavouras. "Se isso ocorresse seria perda quase total do milho", frisou Ximenes. E foi o vento sul constante, que acompanhou a massa polar, que não favoreceu as geadas.
Na madrugada de anteontem a temperatura do ar caiu para quatro graus, segundo a estação agroclimatológica da Embrapa, enquanto na relva ficou ao redor de zero grau. Mas Ximenes lembrou que em algumas áreas mais favoráveis, a sensação de frio foi de quatro graus negativos, devido ao vento incessante.
Segundo destacou esse agrônomo, se geasse na região de Dourados os prejuízos seriam maiores do que já se registra. Segundo as estimativas da assistência técnica e agricultores, a produtividade do milho caiu, pelo menos, 30%, por causa da seca ocorrida em abril.
A massa fria chegou no sul do Estado com o milho, em sua maioria, estando nas fases leitosa (ou milho verde) e de pamonha, como são chamados esses estágios da cultura. E uma geada forte comprometeria todo o rendimento.
Pesquisas de especialistas indicam que o milho estaciona o seu desenvolvimento em temperaturas abaixo de dez graus e com tempo nublado, como aconteceu na região nos últimos dias, explicou o dirigente da Aeagran. Essa condição causa a formação de grãos mais leves e, portanto, a produtividade será menor.