Redação (17/05/07) – A notícia foi aplaudida por produtores agrícolas e cientistas que aguardavam os resultados da votação. A variedade aprovada é da Bayer CropScience e tem como principal característica a tolerância ao herbicida glufosinato de amônio, considerado pela empresa um produto moderno e biodegradável.
Para a presidente da Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) e pesquisadora da FioCruz, Leila Oda, a comunidade científica brasileira conseguiu vencer os interesses de oportunistas que sempre se opuseram ao avanço da biotecnologia no Brasil. “É um alívio perceber que a biotecnologia terá campo para crescer no país. Presto congratulações aos membros da CTNBio que, enfim, conseguiram aprovar o 1º milho transgênico, que certamente trará benefícios para o País”, diz Leila Oda. Ela lembra do cancelamento da 100ª reunião da CTNBio, em março, quando ativistas invadiram a plenária, impedindo a realização da reunião: “Foi um momento difícil para quem trabalha com pesquisa e respeita os integrantes da CTNBio”, desabafa.
Ganhos anuais de US$ 192 milhões com o plantio de pelo menos 50% de milho transgênico na atual área cultivada do Brasil. Estes números foram calculados pelo economista Edgard Antônio Pereira em estudo da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). O presidente da entidade, Iwao Miyamoto está animado com a liberação: “Enfim começamos a competir em condições de igualdade no mercado mundial. Este é o primeiro passo para o avanço tecnológico do País, pois ainda aguardamos a aprovação de outras variedades”. A Abrasem vem promovendo campanhas em favor da aprovação do milho transgênico em todo país.
Um dos benefícios do milho transgênico aprovado é a facilidade de manejo da cultura. “Nossos agricultores comemoram esta primeira aprovação, pela qual aguardavam desde a audiência pública realizada em março. Parabenizamos os membros da CTNBio e continuaremos apoiando as próximas decisões.”, diz o produtor e presidente do Clube Amigos da Terra, de Tupanciretã (RS), Almir Rebelo Oliveira.