Redação (15/05/07) – "Tecnicamente, 30 dias sem chuva há perda de produtividade", afirma Fábio Turquino Barros, analista da AgraFNP. Segundo a Safras & Mercado, em Mato Grosso entre 10% a 15% do plantio foi realizado em fevereiro, o que torna a planta menos susceptível à seca. Paulo Molinari, analista da consultoria, afirma que a "situação mais confortável" é a do Paraná. "Só não pode gear", diz. Segundo ele, os próximos 30 dias são cruciais para o desenvolvimento da lavoura no estado.
Das 16 milhões de toneladas previstas pela Safras & Mercado para a safrinha, quase 45% virão do Paraná. Molinari diz que se não chover o suficiente no Centro-Oeste, o Paraná será o estado que vai produzir mais milho. "Pode haver quebra na safrinha brasileira", diz. Pelas estimativas da consultoria, as perdas mais significativas ocorrem no Sudoeste de Goiás.
De acordo com a Somar Meteorologia, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Norte de Mato Grosso sofrem com falta de chuva – índices abaixo de cinco milímetros, comprometendo a umidade do solo. Segundo o meteorologista, Paulo Etchitchury, o índice confortável seria de 60%. Situação em que estão os solos do Paraná e do extremo Sul de Mato Grosso do Sul, onde a umidade chega a 80%.
Etchitchury explica que houve antecipação da seca. "Existe a possibilidade de novas chuvas", afirma. Para ele, há previsão de frentes frias para o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.