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Evento mostrará como conflitos agrários ameaçam futuro do agronegócio

<p>No próximo dia 26 de abril no Fórum Agrário Empresarial, irá mostrar à sociedade brasileira a preocupação com o futuro do agronegócio.</p>

Redação (18/04/07) – O presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Leôncio Brito, criticou o “Abril Vermelho”, ação liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que, desde o início deste mês, vem promovendo invasões em massa de diversas propriedades rurais e urbanas em todo o País.

“Enquanto o MST promove invasões e protestos de forma violenta, a CNA escolhe o viés democrático, com a realização, no próximo dia 26 de abril, do Fórum Agrário Empresarial, para mostrar à sociedade brasileira sua preocupação com o futuro do agronegócio e apresentar seu posicionamento sobre os conflitos agrários que tanto têm prejudicado o crescimento do Brasil”, afirma.

Leôncio Brito destaca que o Fórum Agrário Empresarial vai questionar, dentre outros assuntos, a maneira como os movimentos têm trabalhado pela reforma agrária, e não a legitimidade do processo, que é constitucionalmente previsto. “A reforma agrária deve ser realizada dentro da lei, não discordamos disso. O problema é que as normas previstas não estão sendo respeitadas. Estamos presenciando a quebra do Estado de Direito e, quando isso acontece, presenciamos uma situação de desrespeito aos poderes constituídos”, destaca. Ele lembra que várias sentenças judiciais de reintegração de posse não foram obedecidas e isso mostra à sociedade que o País está caminhando para uma situação de total desrespeito aos princípios constitucionais.

O Fórum Agrário Empresarial será realizado pela CNA em parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf). Leôncio Brito revela que o setor empresarial vai apresentar, durante o evento, os problemas e prejuízos decorrentes da política adotada em relação aos conflitos agrários. “O que está em jogo não são só os interesses do setor produtivo do agronegócio, mas os interesses da sociedade brasileira. O futuro do abastecimento do Brasil também pode ser ameaçado. Os produtores rurais, com 45 milhões de hectares plantados em grãos, por exemplo, produzem para abastecimento e ainda geram o saldo positivo para a balança comercial do agronegócio. Esses resultados não podem ser desprezados”, conclui.