Redação (21/03/07) – O procedimento cirúrgico, utilizado para evitar que a carne de porco cozida exale odor desagradável – o chamado odor sexual, presente no tecido gorduroso do animal -, será proibido na União Européia a partir de 2009, seguindo a tendência de bem-estar animal.
Com a proibição da prática na UE, é provável que a castração se torne um entrave às exportações de países fornecedores de carne suína. Neste contexto, a vacina surge como uma opção aos produtores. Ela foi testada pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Carnes (CTC), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), e os resultados foram satisfatórios, diz o pesquisador Expedito Tadeu Facco Silveira, do CTC.
Segundo ele, a castração cirúrgica apresenta uma série de desvantagens, como menor produtividade, carcaça com mais gordura e maior índice de mortalidade de leitões, além de ser um custo a mais para o criador. "A questão é que se ela não for feita, o odor aparece e a rejeição do mercado é certa", explica. Ele diz que a vacina é semelhante a uma proteína, que bloqueia a produção do odor desagradável pelo animal. "Ela traz os mesmos benefícios do abate do macho inteiro, com a vantagem de dispensar intervenção cirúrgica." As informações são de O Estado de S. Paulo/Agrícola.