Redação (21/02/07) – Técnicos da União Européia (UE) chegam ao Rio Grande do Sul no dia 5 de março, quando avaliarão a defesa sanitária e plantas frigoríficas pertencentes à cadeia avícola. A escolha dos locais a serem visitados será feita por amostragem, informou o superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), Francisco Signor.
A auditoria é um dos fatores que eleva as expectativas do setor avícola para este ano. A estimativa do presidente em exercício da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Luiz Fernando Ross, é que, em 2007, as exportações cresçam cerca de 5% em volume físico e 10% em faturamento. A perspectiva deve-se à menor oferta no mercado norte-americano, à queda de produção na Europa e ao aumento do consumo. “O crescimento do custo do milho vem forçando um aumento nos preços, o que deve resultar em maior faturamento”, explicou Ross.
Outro ponto que pode resultar em um cenário positivo para o Estado é a possibilidade de reabertura dos mercados da China e da Rússia. Ambos os governos foram informados oficialmente, há três semanas, sobre o fim do episódio de Newcastle, em Vale Real. O comunicado foi feito após seis meses de concluídas as ações para acabar com o foco. Conforme Ross, o maior prejuízo foi ocasionado pela suspensão das exportações para a Rússia, já que aceita produtos de praticamente todos os frigoríficos gaúchos. Para a China, os embarques eram feitos somente pela Doux Frangosul e pela Penasul. Apesar disso, Ross acredita que o impacto não tenha sido muito grande, pois as indústrias conseguiram vender seus produtos para outros países e no mercado interno. Além de Rússia e China, o Peru e a Macedônia também suspenderam os embarques por conta do episódio de Newcastle, mas o primeiro compra apenas galinha e o segundo, volumes inexpressivos.