Redação (05/02/07) – Caso a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não aprove as variedades de milho e algodão, cujos processos estão parados, os produtores poderão deixar de ganhar até US$ 9 bilhões nos próximos dez anos.
Na análise de Anderson Galvão, diretor da Céleres, os produtores de milho poderão deixar de ganhar US$ 6,9 bilhões na próxima década, caso as variedades resistentes a insetos e a herbicidas não sejam liberadas para plantio comercial pelo governo. No caso do algodão, a renúncia de receita poderia chegar a US$ 2,1 bilhões. “Esses números são muito mais representativos dos que o da soja, já que a área plantada com milho é praticamente metade da área de soja. Já o algodão, a área plantada é de pouco mais de 1 milhão de hectares, o que torna esses US$ 2,1 bilhões uma economia muito elevada se levarmos em conta os hectares plantados”, explica.
Nas duas culturas, os ganhos com a adoção da biotecnologia, segundo o estudo, viriam do aumento da produtividade e da redução dos gastos com herbicida e inseticida. “Por enquanto, os benefícios estão concentrados nas mãos dos produtores e das empresas detentoras da tecnologia, mas já se percebe que eles já estão sendo divididos ao longo de toda a cadeia e certamente chegarão ao consumidor final”, afirma Galvão.
Os dados preliminares do relatório apresentado hoje já indicam que o quilo do frango produzido com base em ração de soja transgênica pode ser vendido ao consumidor a um valor 3,3% inferior ao frango produzido nos padrões convencionais de ração. No caso do leite, a economia é de 3,4% e na carne suína pode chegar a 4%. “A partir do momento em que as empresas sentirem a segurança política necessária, novas tecnologias serão introduzidas no País e os consumidores finais