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Organização Mundial do Comércio

<p>Agricultura: acordo na OMC precisa ser fechado neste semestre, diz Lula.</p>

Redação (29/01/07) – Depois de participar do Fórum Econômico Mundial na Suíça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso, ainda neste semestre, fechar acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC) que permita aos países pobres ter acesso aos mercados agrícolas das nações ricas. “Eu estou otimista, acho que nós temos que fechar isso até abril.

Mas estou convencido que estamos avançando bem”, afirmou no programa de rádio Café com o Presidente. Para Lula, a decisão está nas mãos dos presidentes e primeiros-ministros, e não mais dos negociadores. “Eu, por esses dias, vou ligar para os presidentes que estão mais envolvidos nessa história da Rodada Doha (negociação dentro da OMC sobre a questão dos subsídios agrícolas), vamos ver se a gente assume a responsabilidade”.

“Todo mundo sabe que se não acontecer um acordo sobre o comércio agora, a OMC vai perder credibilidade, ou seja, as pessoas vão se perguntar para que ela existe. Não adianta os países ricos acharem que vão ajudar os países pobres dando um pouquinho de dinheiro. É muito melhor a gente investir em projetos de desenvolvimento nos países mais pobres”, acrescentou.

Na pequena cidade suíça de Davos, onde foi realizado o fórum, Lula apelou aos países ricos para reduzirem os subsídios agrícolas, um dos temas da negociação na Rodada Doha. As negociações estão sendo feitas desde julho de 2006 por falta de consenso, principalmente na questão agrícola. No programa de rádio, Lula falou sobre o uso de biocombustíveis, assunto também abordado no fórum.

Segundo ele, os programas de biodiesel e álcool desenvolvidos no Brasil podem ajudar as nações mais pobres. Mas, para isso, os países ricos precisam consumir esse tipo de combustível. “Se nós quisermos despoluir o planeta, nós vamos ter que utilizar combustíveis menos poluentes”, afirmou. Lula lembrou que a maior parte dos países aderiu ao Protocolo de Quioto, com exceção dos Estados Unidos.O documento prevê redução da emissão de gases poluentes. As informações partem da Agência Brasil. (FR)