Redação (17/01/07) – A Rodada Doha foi paralisada em julho de 2006 devido à impossibilidade dos países membros chegarem a um consenso, principalmente na área agrícola. De acordo com o documento, o momento é crucial para as negociações, pois caso não ocorram avanços nos próximos dois ou três meses, a oportunidade de buscar-se a conclusão da Rodada poderá ser perdida.
As entidades signatárias desta Declaração Conjunta exortam os países membros a adotarem posições mais flexíveis, a fim de evitar um fracasso que poderá afetar a credibilidade da OMC.
A falta de um acordo comercial no âmbito dessa organização traz três conseqüências negativas para o Brasil:
– Coloca em risco o sistema multilateral de comércio que tem mostrado ser relevante para o comércio exterior brasileiro;
– Estimula a proliferação de acordos regionais e bilaterais, que geram desvio de comércio contra os países que estão fora destas redes; e
– Favorece o surgimento de novos contenciosos comerciais.
Para Paulo Skaf, presidente da FIESP: “Somente a conclusão, ambiciosa e equilibrada em todos os temas da Rodada Doha agricultura, indústria, serviços e regras , permitirá o fortalecimento do sistema multilateral de comércio e garantirá ao Brasil ganhos expressivos, necessários ao desenvolvimento da economia”. Segundo o líder empresarial, tudo que obstrua o imediato crescimento do Brasil deve ser enfrentado de maneira responsável, mas com absoluta firmeza.