Redação (12/12/06) – O Estado do Paraná está largando na frente. Diante da necessidade de haver uma formação específica para os profissionais que atuam com o preparo e industrialização das carnes, em especial a carne suína, e com o objetivo de fomentar a economia e proporcionar mais opções de consumo à população o Paraná é o pioneiro Estado brasileiro a implantar a Escola da Carne.
O projeto, idealizado pelo presidente da Suinosul, Eng. Agrônomo Remi José Sterzelecki, foi aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e ganhou o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Emater-Pr, Suinosul, CEDRAF, prefeitura de Mandirituba e municípios dos Territórios da Cantuquiriguaçú, Paranacentro E Centrosul, Na fase inicial, a estimativa é de um investimento aproximado a R$ 1,3 milhões para a obra.
A solenidade de assinatura do convênio, primeiro passo para o início dos trabalhos, realizada no último sábado, contou com a presença de representantes do governo Federal, do Estado, do município que sediará a Escola (Mandirituba), de Curitiba e região.
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Sobre a finalidade da Escola, o idealizador do projeto, Remi SterzeleckI, lembrou que existem mais de 30 cortes diferentes para a carne de suíno. “No entanto, no Brasil são conhecidos apenas três: o pernil, o lombinho e a costela”, enumerou. Ainda segundo ele, com a capacitação dos profissionais, através da Escola, o mercado criará condições para o aumento do consumo de carne, beneficiando desde produtores até o consumidor final.
Ideal que, segundo o presidente da Associação Paranaense de Suinocultura, Irineu Wessler, será facilmente alcançado. Ele lembrou que, no Estado de São Paulo, o consumo de carne suína aumentou noves vezes, passando de mil quilos para nove mil, em um único supermercado, apenas com a diversificação dos cortes. “Esse aumento não reduziu o consumo das demais carnes”, acrescentou.
O Vice-presidente da Suinosul Associação Regional dos Suinocultores do Centro/Sul do Paraná , Carlos Francisco Geesdorf, defende a idéia. “Para nós, suinocultores, a Escola da Carne virá acrescentar um benefício muito grande. A carne suína é a mais consumida no mundo, porém, no Brasil, ela está em terceiro lugar. Somos o 4 maior produtor e exportador mundial, mas consumimos pouco. Há apenas três ou quatro cortes conhecidos e procurados de carne suína pela nossa população, mas existem outros 40, que serão ensinados e divulgados nos cursos da Escola e, com isto, esperamos que o consumo da carne in natura aumente consideravelmente no mercado interno brasileiro”, conclui.
Para o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretário Geral da Agricultura Familiar, Valter Bianchini, a escola proporcionará o fortalecimento da Suínocultura e, de modo geral, da agricultura familiar. Segundo ele, a capacitação que a escola proporcionará será uma forma de agregar renda para os mais de 50 mil agricultores de todo o Paraná. “Vamos garantir às famílias que vivem da agricultura mais renda e uma vida mais digna”, completou.
O prefeito do município de Mandirituba, Adir Palu, destacou que é motivo de orgulho para a cidade abrigar a Escola. “Hoje nosso município é um dos maiores produtores de aves, esperamos, com a Escola da Carne, incentivar a produção de suínos”.
Presenças
Participaram da solenidade: o Delegado Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário-MDA no Paraná, Reni Antônio Denardi, Valter Bianchini, Secretário Geral da Agricultura Familiar do MDA em Brasília, Luiz Carlos Teixeira Lopes, Secretário Executivo do CEDRAF-Conselho Estadual do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, o presidente da APS, representante da ABCS, Irineu Wessler, o prefeito Domingos Adir Pallu e vereadores de Mandirituba, o representante do Deputado Max Roseman, o representante do Prefeito de Curitiba, representante da Empresa Diplomata, da Montebello, e da Romani.
