Redação (12/12/06) – De janeiro a outubro de 2006, foram 153 mil toneladas embarcadas, contra 241 mil de janeiro a outubro de 2005. Em 2005, o Estado exportou 282 mil toneladas e neste ano, deve atingir 170 mil toneladas segundo o secretário de Agricultura, Gelson Sorgatto.
O embargo teria sido provocado pela balança desfavorável da russa em relação ao Brasil e pela tentativa dos russos em incentivar a produção local de carnes. Sorgatto considera que o Estado fez sua parte ao mandar uma comitiva para a Rússia no início do ano, investir em sanidade e buscar uma ação mais forte do governo federal. O secretário acredita que, caso o Brasil confirme a compra de produtos da Rússia, as exportações podem avançar, mas não nos mesmos patamares.
Ele espera que Santa Catarina, que possui o melhor status sanitário do país, possa vender novamente, a exemplo do RS. Santa Catarina também está buscando o reconhecimento internacional de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, para atingir outros mercados como a União Européia e o Japão. Somente o Japão importa 1,2 milhão de toneladas por ano de carne suína, segundo Sorgatto. O presidente do Núcleo dos Criadores de Suínos de Chapecó, Alcides Orso, espera uma retomada das vendas pois a atual situação, com o aumento dos custos de alimentação, é insustentável.
O empresário e suinocultor Érico Tormen disse que vai aguardar até fevereiro para decidir se pára totalmente com a atividade. Ele já reduziu o plantel de 3 mil animais para 1,8 mil. O prejuízo com um ano de embargo russo é de R$ 78 mil. Um chiqueiro onde investiu R$ 200 mil, para 1,2 mil suínos, está com apenas 40 suínos em caráter temporário. – Nunca vi a granja assim – lamentou o funcionário Éder Quevedo. (D.D.)