Redação (11/2/06) – O objetivo é descobrir se há a circulação do vírus da influenza aviária em território gaúcho, uma vez que o local recebe, entre setembro e novembro, grande concentração de espécies migratórias de várias partes do mundo que vêm se alimentar. As amostras foram coletadas em novembro, informou a responsável por sanidade avícola do Estado, Adriana Reckziegel. A ação faz parte de um programa de monitoramento de aves migratórias no Rio Grande do Sul, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura (SAA) e pelo Ministério da Agricultura (Mapa), do qual também participam o Ibama e órgãos da Saúde.
Além da análise, técnicos de sanidade animal e de educação sanitária devem realizar, no final de março, uma pesquisa com moradores do entorno da Lagoa do Peixe. O objetivo é avaliar o risco que uma eventual ave contaminada representaria para a população. ”Vamos analisar onde e como é feita a captação de água, se é tratada, enfim, as medidas higiênico-sanitárias, para dizer se o risco é alto, médio ou mínimo”, explicou Adriana. Depois da avaliação, serão propostas ações para reduzir o risco de doenças. Adriana salientou, no entanto, que a troca de governo pode atrasar os planos. O cronograma inicial já havia sido alterado, devido à ocorrência do foco de Newcastle no Rio Grande o Sul.
Há também a intenção de incluir a Estação Ecológica do Taim na área de monitoramento de aves migratórias no Rio Grande do Sul. O Taim está fora dos trabalhos por apresentar risco menor de contágio, já que as aves que migram para lá são da região da Patagônia. A SAA aguarda agora a manifestação do Mapa sobre a inclusão.