Redação (27/11/06) – O resultado foi apresentado neste sábado na Feira Botânica de Brasília, em comemoração aos 32 anos da unidade, completados na última quarta-feira (22). A unidade é uma das 40 da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
No banco genético há sementes de soja, arroz, trigo e milho. Elas estão conservadas em câmaras frias a 20C abaixo de zero. Um dos beneficiados pelo banco genético da Embrapa são os índios Krahô, do Tocantins. Em 1995, eles procuraram a unidade em busca de sementes primitivas como milho, que não possuíam mais. Depois da iniciativa, outras etnias também buscaram a Embrapa, como os guarani e algumas do Xingu.
De acordo com o chefe-geral da unidade da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manoel Cabral, o banco genético não conserva sementes apenas para devolver à população, trabalha com o material para melhorar sua qualidade. “A idéia não é só material para devolver. É apresentar características, fazer estudos, gens de interesse para o desenvolvimento de novos materiais genéticos que tenham características de interesse como resistência a doença, resistência ao frio, adaptação a diversas regiões do Brasil”, explicou.
Durante a feira foi lançado o livro “Animais do Descobrimento”, do pesquisador Arthur Mariante, e da historiadora Neusa Cavalcante. A publicação apresenta animais, como bois e cavalos, que chegaram ao país na época do descobrimento e se desenvolveram formando raças locais ou naturalizadas. Segundo Mariante, uma das idéias é estudar a característica de adaptação para que ela possa ser utilizada em raças comerciais.
“Você pegar, por exemplo, a característica de extrema adaptação do cavalo pantaneiro, na região no Pantanal, e passar essa característica para raças comerciais que não se adaptam àquelas condições, seria um trabalho muito bom. A perspectiva é que a gente tenha um banco de semens e embriões e tentar levar essas características de adaptação
para animais futuros”, explicou.