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Avisul destaca desafios para a avicultura gaúcha em 2007

<p>Evento realizado em Bento Gonçalves contou com a participação demais de mil pessoas e enfocou os desafios do setor para o próximo ano.</p>

Redação (27/11/06) – Encerrado nesta sexta-feira, dia 24, em Bento Gonçalves (RS), o Avisul 2006 – Fórum Gaúcho de Avicultura destacou os principais desafios do setor para 2007. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Aristides Vogt, para o próximo ano deve haver uma estabilização nos níveis de comercialização.

Ele destacou, porém, que o setor depende da manutenção do atual status sanitário e da redução das barreiras impostas. “Igualmente estamos na dependência de uma boa safra de grãos e que os novos governantes tenham melhor compreensão das barreiras fiscais impostas”, acrescentou.

Durante o evento promovido pela Asgav foi assinado protocolo entre os sindicatos das indústrias de suínos e de leite para que a segunda edição do Avisul, em 2008, seja em parceria com os setores de suínos e de produção de leite. “Vamos fortalecer o agronegócio”, afirmou Vogt.

Entre as questões que devem ser resolvidas em 2007 estão o aumento do plantio de milho no Rio Grande do Sul e a revisão da legislação brasileira quanto à importação de grãos geneticamente modificados. “Continuamos impossibilitados de trazer milho no período de entressafra”, diz Vogt.

A avicultura também pleiteia a revisão da legislação tributária e o assunto foi discutido na reunião da agroindústria nacional realizada durante o Avisul. Na Carta Avisul 2006, que será encaminhada aos novos governantes, o setor cita a necessidade de esclarecimento da Instrução Normativa n 660, da Secretaria da Receita Federal, que estabeleceu o limite de 35% de crédito referente ao PIS/Cofins decorrentes das compras de insumos. O entendimento do setor é de que a utilização dos créditos referentes às contribuições de PIS e do Cofins seria até o limite de 60%.

No caso do Rio Grande do Sul, o setor pede a isenção interna de ICMS. No Estado, a alíquota é de 7% nas vendas internas, enquanto Paraná, Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, têm crédito presumido de 7% de ICMS também nas vendas internas, o que corresponde a alíquota zero, tornando o produto gaúcho menos competitivo no mercado nacional.

O presidente da Asgav revela que enquanto a venda de carne de frango no Rio Grande do Sul teve uma queda de apenas 2,8%, a comercialização para outros Estados apresentou uma redução de 27,2%. “Apesar de melhorar a produtividade gaúcha, nos tornamos incapazes de combater os subsídios dados por outros Estados”.

O Avisul contou com 30 expositores e recebeu mais de 1,1 mil visitantes, na maioria gaúchos, além da presença de caravanas de São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná.