Redação (19/10/06) – O objetivo é atrair mais recursos para a pesquisa, de acordo com José Roberto Perez, gerente-geral da unidade. O acordo será semelhante ao que é feito na área de sementes de soja. As empresas que investem recursos na pesquisa ganham o direito de exclusividade sobre a venda das variedades por até dez anos.
“Esse modelo é feito com soja, algodão e trigo desde 1998 e funciona bem”, diz Perez. A decisão deve-se ao fato de a estatal ter obtido menos recursos para pesquisa este ano. Segundo Perez, a Embrapa deve receber menos royalties com a queda nas vendas de sementes. No ciclo 2005/06, a estatal recolheu R$ 14,5 milhões com soja transgênica.
Os recursos orçamentários para pesquisa estão previstos em R$ 40 milhões para 2007 – mesmo valor aplicado neste ano. Já os investimentos privados tendem a diminuir no próximo ano. Nesta semana, a estatal discute com um grupo de investidores privados o valor destinado à pesquisa de novas variedades de soja. Neste ano, o valor aplicado foi de R$ 8 milhões. “É mais do que o que a própria Embrapa investe em pesquisa com a soja”, diz Perez. Ele observa que hoje a maior parte dos recursos obtidos com royalties das sementes de soja são revertidos para custear projetos que não têm apoio da iniciativa privada, como melhoramento de feijão e mandioca. (CB)