Redação SI (14/09/06)- Para saber um pouco mais, do ponto de vista do produtor, o Orbe foi conversar com dois presidentes de duas importantes Associações de produtores, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, representada por Wolmir de Souza, e também conversamos com Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul.
Segundo Souza, são dois os tipos de custos e gastos: dinheiro que sai do bolso e dinheiro que deixa de entrar. “O excesso de medicamentos ou vacinas, como por exemplo para Diarréia nos leitões é um problema que se resolve com um manejo adequado e desinfecção; leitões na maternidade com diarréia, é problema com a fêmea, ou é manejo da temperatura ou higiene, não comporta medicamentos ou vacina é gasto desnecessário ou dinheiro que sai”, disse Wolmir de Souza, presidente da ACCS.
Na opinião do presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, o produtor deve fazer uma avaliação das instalações como um todo, observando as condições dos comedouros dos animais, se não ocorre desperdício de ração por exemplo. “Nós, produtores sabemos que mais de 70% do custo do suíno está na alimentação, então devemos ter este cuidado e otimizar a eficiência e reduzir custos.” Folador atenta também para os bebedouros de água, que devem estar bem regulados e adequados. “Assim teremos boa qualidade, sem desperdício, e não aumentamos o volume de dejetos, porque há custo em bombear água para dentro dos reservatórios e das esterqueiras e para lavoura, deixamos de causar problemas ambientais. Enfim todas estas coisas custam dinheiro.”
Ter animais de boa procedência, com sanidade e genética, vai refletir em eficiência e redução de custo, bem como instalações adequadas para acomodar os animais, protegendo-os de variações climáticas. Também é importante uma alimentação equilibrada e balanceada, para o melhor aproveitamento por parte do animal. “Enfim, como a suinocultura é uma atividade dinâmica, é preciso estar bem informado dos avanços e novidades para o setor, assim as probabilidades de lucro serão maiores”, diz Folador.
De acordo com Souza, organizar o orçamento da granja é muito complicado, quando se trata de funcionários, principalmente em pequenas propriedades. “Para um bom funcionamento, a granja deve ter um bom administrador, um técnico ou veterinário e mais os funcionários de serviços gerais”, explicou. “Raras vezes são encontradas pessoas que agregam estas funções, principalmente quando se trata de mão de obra contratada. Aí o grande problema, profissionais com boa formação e custo elevado não se pagam se colocados em serviços braçais, já bons funcionários que não entendem em administração de granja, ou da parte técnica diminuem a rentabilidade da granja: Eis o problema da pequena propriedade, onde e como investir? Sabendo que de acordo com a capacidade dos funcionários, você deve direcionar a produção da granja e os investimentos a serem feitos”, destacou Wolmir de Souza.