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Avicultura do MS vai ser regionalizada

<p>Dez Estados terão condições de aderir ao plano de prevenção à gripe aviária e à doença de Newcastle.</p>

Redação AI (31/08/06)-  Até o fim deste ano dez Estados terão condições de aderir ao plano de prevenção à gripe aviária e à doença de Newcastle, segundo informações repassadas nessa semana pelo vice-presidente técnico da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes. De acordo com ele, Mato Grosso do Sul é um desses Estados que está caminhando rumo à regionalização da avicultura, conforme exigência do plano de prevenção.

O diretor presidente da Iagro/MS (Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal), João Cavalléro, relatou ontem ao Correio do Estado as ações em execução em Mato Grosso do Sul para que a cadeia da avicultura no Estado possa alcançar a independência dos outros Estados, como forma de eliminar riscos ao setor em caso de problemas sanitários nos territórios vizinhos.

Ariel Mendes explicou que, embora o plano de prevenção tenha sido editado em abril, na Instrução Normativa 17, os Estados ainda aguardam a publicação de um relatório de auditoria pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para colocar em prática o processo de adesão. O relatório vai indicar as condições que eles precisam atender e criará uma pontuação para classificá-los. Enquanto aguardam, os Estados estão adiantando algumas normas elaboradas em reunião realizada em maio no Ministério. “Como o plano institui a regionalização da avicultura, a vantagem dos Estados que participam é preservar o comércio na eventualidade de um foco no território vizinho,” esclareceu o dirigente da UBA. Segundo ele, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ressalta a importância de compartimentos, que no Brasil foram adaptados às fronteiras estaduais para facilitar a implantação da regionalização.

Ações preventivas
As medidas executadas em Mato Grosso do Sul para regionalização da avicultura já foram iniciadas pela Iagro/MS, segundo Cavalléro, com o monitoramento das áreas que recebem aves migratórias no Estado, como a região do Pantanal. Além disso, o órgão está recadastrando todas as granjas com produção avícola do território sul-mato-grossense e realizando exames sorológicos nos animais. O intuito, explicou Cavalléro, é controlar toda a movimentação de aves. “Estamos nos preparando para sermos independentes na produção de frangos. Precisamos ter todos os elos necessários produzindo aqui mesmo, no Estado, para que problemas sanitários em outras regiões não interfiram na avicultura de MS”, frisou.

Indagado sobre quais os elos da cadeia ainda precisam ser reforçados em MS para que o Estado, definitivamente, se torne independente na produção de aves, Cavalléro revelou a importância de o Mato Grosso do Sul formar seu próprio plantel. “Quando o Rio Grande do Sul enfrentou problemas sanitários há alguns meses, a avicultura de MS foi afetada devido à dependência que ainda existe. Todo o setor ficou preocupado na ocasião”, disse Cavalléro ao sinalizar a dificuldade enfrentada pelas empresas do Estado em repor o seu plantel.

Outro ponto ressaltado pelo representante da Iagro foi o estudo jurídico iniciado para criação do fundo de sanidade direcionado à avicultura e à suinocultura. O intuito é que os recursos para atender aos setores sejam unificados com o já existente Redsa/MS (Reserva Estratégica para a Saúde Animal de Mato Grosso do Sul) antigo Fundo Emergencial para Sanidade Animal (Fesa/MS).

Panorama nacional
O vice-presidente da UBA comentou que Santa Catarina editou a Portaria 30, em 10 de agosto, que define regras de trânsito para aves de descarte, camas de aviário e subprodutos de aves. O RS, onde foram descartados novos focos de Newcastle pelo Mapa ontem, deve adotar procedimento semelhante esta semana. Além de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem estar em condições de aderir ao plano de prevenção até o fim do ano também o Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Bahia e o Distrito Federal.