Redação (08/08/06)- Depois de amargar baixas cotações por vários anos, a tendência é que já no próximo mês haja uma inversão neste quadro. Esse panorama deve mudar devido a três fatores: redução da área plantada nos Estados Unidos, uma vez que muitos produtores migraram para a soja; aumento do consumo naquele país para fabricação do etanol (usado como combustível); e a demanda chinesa.
Além disso, a estiagem prejudicou as lavouras brasileiras, principalmente, a safrinha que garantia a inexistência de entressafra da cultura. A avaliação é do analista de mercado Emerson Wohemberg, do Instituto FNP. Já para o consultor Fábio Meneghin, da AgroConsulte, não deve haver aumento de preços do milho. “Os leilões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estão sustentando os preços, mas a cotação só deve subir se houver quebra na safra brasileira”, avalia.
O Paraná é o segundo maior produtor da cultura, com 26% da produção nacional. Segundo levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses em julho foi de R$ 12,12, a saca de 60 quilos. Esse valor é 23,6% menor do que o praticado no mesmo período do ano passado.