Redação SI (04/08/06)- Fiscais do Ministério da Agricultura, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Vigilância Sanitária Municipal, com o apoio da Polícia Militar, interditaram, ontem, abatedouro clandestino que funcionava nos fundos de uma casa no bairro Bela Aliança, em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí.
No estabelecimento foram encontrados cerca de 300 quilos de carne bovina e suína, incluindo vísceras e carcaças. A ação faz parte do Programa de Proteção Jurídico-sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal, desenvolvido pelo Ministério Público de Santa Catarina. Foram visitados também os principais supermercados, onde foram encontrados produtos com prazo de validade vencido.
Uma denúncia anônima de abate clandestino motivou a ação no local. O proprietário, cuja identidade não foi revelada, estava em casa e, a princípio, negou-se a acompanhar os fiscais. Depois, acabou autorizando a entrada da equipe. A carne estava armazenada em sacos plásticos, colocados num freezer. O estabelecimento não tinha as mínimas condições de higiene. Havia vestígios de abate recente. A mercadoria apreendida foi incinerada posteriormente. Os equipamentos, como serra, foram lacrados e o local interditado por tempo indeterminado.
O promotor de Justiça, Marcelo Mengarda, não havia recebido o relatório final da operação até o final da tarde de ontem (03/08). Mas disse que, conforme contato com as duas equipes, a situação é preocupante. Foram encontrados, inclusive, produtos sem registro no Ministério da Agricultura. Houve a apreensão de frangos com prazo de validade vencido, além de doce, carne e leite.
A ingestão de produtos impróprios pode causar problemas de saúde e provocar doenças como salmonelose, gastroenterites e toxinfecções alimentares. Além das ações de fiscalização, são realizadas também atividades para orientar sobre os riscos à saúde no consumo de produtos inadequados.