Redação AI (17/07/06)- A expansão da produção avícola argentina, que cresceu mais de 50 por cento desde 2002, estimulou o consumo interno de milho nos últimos anos e deve impulsionar fortemente a demanda pelo cereal em 2007, afirmaram analistas.
O setor avícola argentino, que nos últimos anos cresceu ao ritmo de 10 por cento ao ano, deverá manter esse ritmo pelo menos até 2010, segundo fontes do setor.
A Argentina é um importante consumidor de milho, e 60 por cento da ração de aves no país é composta pela commodity.
A produção de carne de frango na Argentina, quinto maior exportador mundial do produto, superou em 2005 1 milhão de toneladas, o nível mais alto desde 1980, quando foram realizados os primeiros registros.
“A avicultura consumirá mais de 3 milhões de toneladas de milho este ano. E o aumento da demanda pelo cereal pode ser de 8 por cento, o que significa que no ano que vem a demanda seria de 250 mil toneladas a mais”, afirmou Roberto Domenech, presidente do Centro de Empresas Processadoras Avícolas (CEPA).
Em 2005, o consumo de milho por parte da indústria avícola chegou a 2,8 milhões de toneladas.
Por outro lado, o setor de bovinos mostrou nos últimos anos uma inclinação cada vez maior pela alimentação à base de pastagem.
Mas apesar disso, especialistas acreditam que o crescimento do consumo do milho na alimentação bovina não será muito forte no ano que vem na Argentina, terceiro maior exportador de cortes bovinos, devido a algumas medidas oficiais que afetaram o setor. Entre elas se destaca uma limitação às exportações.
Em 2005, o consumo interno de milho ficou entre 9,5 milhões e 12 milhões de toneladas, segundo cálculos da Associação de Milho Argentino (Maizar).
A safra de milho para uso comercial da Argentina, segundo maior exportador do produto, é estimada em 14 milhões de toneladas em 2005/06, em comparação a 20,5 milhões na temporada anterior, segundo dados do governo.